quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Guernica em 3D
Do blog deLuis Nassif, animação da Guernica, de Picasso, em 3D
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/02/10/guernica-em-3d/
Na postagem abaixo, texto contando um pouco sobre a história do bombardeio da pequena cidade basca de Guernica por nazistas e franquistas contra a Frente Popular republicana:
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/02/10/guernica-em-3d/
Na postagem abaixo, texto contando um pouco sobre a história do bombardeio da pequena cidade basca de Guernica por nazistas e franquistas contra a Frente Popular republicana:
O mural de Guernica, de Picasso: a arte e o terror (1937)
"Todos vocês sabem que na Espanha nós não nos situamos como meros observadores desinteressados..." - Hitler, em 29 de abril de 1937.
A segunda-feira negra de Guernica
Era uma 2ª feira, dia de feira-livre na pequena cidade da Biscaia. Das redondezas chegavam as suas estreitas ruas os camponeses do vale de Guernica, no país dos bascos, trazendo seus produtos para o grande encontro semanal. A praça ainda estava bem movimentada quando, antes das cinco da tarde, os sinos começaram os seus badalos. Tratava-se de mais uma incursão aérea. Até aquele dia fatídico - 26 de abril de 1937 - Guernica só havia visto os aviões nazistas da Legião Condor passarem sobre ela em direção a alvos mais importantes, situados mais além, em Bilbao. Mas aquela 2ª feira foi diferente. A primeira leva de Heinkels-11 despejou sua bombas sobre a cidadezinha precisamente às 16:45 horas. Durante as 2 horas e 45 minutos seguintes os moradores viram o inferno desabar sobre eles. Estonteados e desesperados saíram para aos arredores do lugarejo onde mortíferas rajadas de metralhadora disparada pelos caças os mataram aos magotes. No fim da jornada contaram-se 1.654 mortos e 889 feridos, numa população não superior a 7 mil habitantes. Quase 40% haviam sido mortos ou atingidos. A repercussão negativa foi tão grande que os nacionalistas espanhóis trataram logo de atribuí-la aos "vermelhos".
Hitler apóia Franco
Na realidade a tragédia começou oito meses antes, na noite de 25 de julho de 1936, quando, entre um acorde e outro de uma ópera wagneriana, Hitler decidiu-se a apoiar Franco. Na semana anterior o general espanhol havia sublevado o exército contra o governo republicano-esquerdista da Frente Popular. O Führer estava em Bayreuth para prestigiar o tradicional festival musical quando recebeu uma carta do caudilho. A solicitação era modesta. Tratava-se de saber se o governo nazista contribuiria com uma dezena de aviões de transporte e algumas armas. Hitler não hesitou. A vitória comunista na Espanha provocaria, por estímulo, a "bolchevização" da França, e seu regime ver-se-ia sitiado por ela e pela URSS de Stalin.
A Legião Condor
Avião alemão da Legião Condor
Em pouco mais de três meses depois chegava à Sevilha, a Legião Condor. Comandada pelo General Sperrle, ela compunha-se de 4 esquadrões de bombardeios e outros 4 de combate, além de unidades antiaéreas, antitanques e de panzers, num total de 6.500 homens. O acordo com os nacionalistas espanhóis concebia uma grande autonomia das forças nazistas que subordinavam-se apenas ao Jefe del Alzamiento, isto é ao próprio Franco. Madri, ainda em mãos dos republicanos esquerdistas, estava, desde o princípio do levante de 18 de julho, submetida a bombardeios aéreos irregulares. Os estrategistas da Luftwaffe de Goering, recém chegados à área do conflito, estavam excitados em aplicar, de forma maciça, uma tática da terra arrasada. Qual seria o efeito dos bombardeios concentrado? Levas de esquadrilhas conduziriam tipos de bombas diferentes - das de fragmentação às incendiarias -, que seriam lançadas em formações compactas, ininterruptamente, sobre um alvo qualquer a ser designado.
A escolha de Guernica
Sobrevivente dos bombardeios (foto de Robert Capa)
A escolha da pequena Guernica deveu-se a vários motivos. A cidade era um alvo fácil, sem proteção antiaérea, além de não ter uma população numerosa. Além disso abrigava um velho carvalho (Guernikako arbola) embaixo do qual os monarcas espanhóis ou seus legados, desde os tempos medievais, juravam respeitar as leis e costumes dos bascos, bem como as decisões da batzarraks (o conselho basco). Como o levante de Franco foi também contra a autonomia regional, a destruição de Guernica serviria como uma lição a todos os que imaginavam uma Espanha federalista ou descentralizada. Assim, quando a notícia da dizimação provocada pelo bombardeamento "científico" chegou aos jornais provocou um frêmito de horror em todos os cantos do mundo. Quase todos os habitantes de cidades, em qualquer lugar do planeta, sentiram instintivamente que estavam sendo apresentados a um outro tipo de guerra, à guerra total, e que, doravante, por vezes, seria mais seguro estar-se numa trincheira no fronte, do que vivendo numa grande capital.
A Guernica de Picasso
Estéticamente quem melhor captou esse sentimento foi Pablo Picasso. Vivendo em Paris desde o início do século, já era uma celebridade quando o Governo da Frente Popular o procurou para que fizesse algumas telas para arrecadar fundos para a República. A violência e a indignação que causou o bombardeio fez com que ele se concentrasse por 5 meses numa grande tela, quase um mural (350,5 x 782,3). Sua primeira aparição deu-se numa Exposição Internacional sobre a Vida Moderna em Paris, no dia 4 de junho de 1937. O público virou-lhe as costas.
Não era algo belo de ser visto. Picasso, para retratar o clima sombrio que envolvia o desastre, utilizou-se da cor negra, do cinza e do branco. Como nunca a máxima de Giulio Argan segundo a qual a "arte não é efusão lírica, é problema" tenha sido tão explicitada, como na composição de Picasso. O painel encontra-se dominado no alto pela luz de um olho-lâmpada - símbolo da mortífera tecnologia - seguida de duas figuras de animais. No centro um cavalo apavorado, em disparada, representa as forças irracionais da destruição. A direita dele, impassível, um perfil picassiano de um touro imóvel. Talvez seja símbolo da Espanha em guerra civil, impotente perante a destruição que a envolvia. Logo a baixo do touro, encontramos uma mãe com o filho morto no colo. Ela clama aos céus por uma intervenção. Trata-se da moderna pietá de Picasso. Uma figura masculina, geometricamente esquartejada, domina as partes inferiores. A direita, uma mulher, com seios expostos e grávida, voltada para a luz, implora pela vida, enquanto outra, incinerada, ergue inutilmente os braços para o vazio, enquanto uma casa arde em chamas. Naquele caos a tecnologia aparece esmagando a vida.
Uma obra-prima do século XX
Foi uma das grandes premonições histórico-estéticas do século. Dois anos depois teria o início o martírio das populações de Varsóvia, de Londres, de Berlim, de Hamburgo, de Leningrado, de Dresden, de Hiroxima e de Nagasaki, que padeceriam, devido aos bombardeamentos em massa, dos mesmos tormentos das imagens dilaceradas do quadro de Picasso. Exatamente por não ter nenhum signo específico de agressão, nenhuma suástica ou distintivo franquista ou falangista, a composição transcendeu os acontecimentos da infausta Guerra Civil espanhola, tornando-se um manifesto estético dos horrores provocados por uma tecnologia a serviço da desumanização. Picasso pintou a obra-prima do século, onde se misturam as contradições da nossa época: progresso e violência, catástrofe e prosperidade.
O separatismo basco
Por concentrarem significativos investimentos ingleses e também por abrigarem um classe empresarial empreendora e profundamente católica (um censo de 1970 apontavam o País Basco e Navarra, em toda a Espanha, como os maiores índices de freqüência às missas: 71,3%), os países bascos não conheceram à época do franquismo uma repressão tão violenta como a que se abateu sobre a Catalunha e Valência. Logo depois a Guerra Civil, casas bancárias de Bilbao e de Biscaia expandiram-se para o restante da Espanha, enquanto empresas bascas dedicadas ao comercio de azeite passaram quase a monopoliza-lo em todo o país. Porém essa relativa tolerância (exceção feita ao idioma basco, o euskara, perseguido sem descanso pelos franquistas) para com os antigos anseios autonomistas dos bascos, não fez com que eles desistissem de manter um governo basco no exílio, na vizinha França mais propriamente.
Em 1957, um significativo grupo de estudantes bascos, militantes do PNV (Partido Nacional Vasco), que viajaram para lá, a titulo de estudos, depois de entrevistarem-se com José Maria Leizaola, chefe do governo Euzkadi (Basco) no exílio, com quem se desentenderam, decidiram-se pela opção armada. Ao contrário de Leizaola, que não simpatizava com a linha da ação violenta, os jovens bascos acreditavam que com o apoio do proletariado, da nova geração que formava no estertor do franquismo, e num clero cada vez mais combativo era possível retomar as bandeiras do separatismo, dando-lhe uma conotação pró-socialista.
Um comunicado do ETA (foto de 1982)
Surgimento do ETA
Bartolomé Bennassar, ao analisar o caso basco ("Pais basco: génesis de una tragedia, in Historia de los españoles. Vol II, Cap. 12, 1989), identifica no desentendimento entre PNV e o ETA, um típico caso de conflito de gerações, onde os mais jovens rebelam-se contra o imobismo dos mais velhos, no caso, os integrantes do PVN (em sua grande maioria ex-veteranos da Guerra Civil de 1936-1939). Como não poderia deixar de acontecer, a nova geração estimulada pelos feitos revolucionários que então corriam o mundo (a Revolução Cubana ocorrera em janeiro de 1959), decidiu-se fundar, no dia 31 de julho de 1959, uma nova agremiação identificada com a luta armada revolucionária: o ETA (Euzkadi Ta Azkatasuna = Pátria basca e liberdade).
Para arrancar o movimento autonomista do imobilismo em que e encontrava, decidiram-se por ações espetaculares contra o regime franquista. Além de ampla panfletagem e distribuição de jornais clandestinos, no dia 18 de julho de 1961 praticaram um atentado a bomba contra um trem carregado de veteranos franquistas em San Sebastian, dando início a fase mais violente da luta. Portanto, há quarenta anos que os atentados fazem parte do cotidiano dos espanhóis. O mais espetacular deles todos foi quando o ETA, ainda na época franquista, explodiu uma poderosa bomba no carro do Primeiro Ministro Almirante Carreiro Blanco, em Madri.
As divisões do separatismo basco
Data Designação Objetivos
1894 PNV (Partido Nacional Vasco) Lutar pela autonomia do país basco. Depois da derrota na Guerra Civil de 1936, formação do Governo Euzkadi no exílio (1939-1975)
1959 ETA (Euzkadi Ta Azkatasuna = Pátria basca e liberdade) Recuperar, via armada, a autonomia e a independência dos bascos, perdida na Guerra Civil de 1936-1939.
1966 Divisão do ETA: ETA-V (nacionalistas) e ETA-VI (marxistas-leninistas) Uma facção luta apenas para recupera a autonomia basca, aceitando um caminho pacífico no futuro. A outra, propõe-se a uma luta revolucionária pela independência, tendo o terrorismo como recurso permanente.
1975 Fim do franquismo. Anistia e perdão aos integrantes do ETA que abandonassem o terrorismo. Nova divisão no ETA, entre a ala militar (ETA-M) e a civil. HB (Herri Batasuna = unidade do povo), braço civil do ETA, EE (Euzkadiko Ezkerra = esquerda basca) A ETA-M pretende-se integrada no movimento revolucionário internacional aproximando-se do IRA (católicos irlandeses), das Brigadas Vermelha italianas e demais grupos terroristas.
Gravuras: Bartolomé Bennassar - Historia de los españoles, vol II, Grijalbo, Barcelona
A segunda-feira negra de Guernica
Era uma 2ª feira, dia de feira-livre na pequena cidade da Biscaia. Das redondezas chegavam as suas estreitas ruas os camponeses do vale de Guernica, no país dos bascos, trazendo seus produtos para o grande encontro semanal. A praça ainda estava bem movimentada quando, antes das cinco da tarde, os sinos começaram os seus badalos. Tratava-se de mais uma incursão aérea. Até aquele dia fatídico - 26 de abril de 1937 - Guernica só havia visto os aviões nazistas da Legião Condor passarem sobre ela em direção a alvos mais importantes, situados mais além, em Bilbao. Mas aquela 2ª feira foi diferente. A primeira leva de Heinkels-11 despejou sua bombas sobre a cidadezinha precisamente às 16:45 horas. Durante as 2 horas e 45 minutos seguintes os moradores viram o inferno desabar sobre eles. Estonteados e desesperados saíram para aos arredores do lugarejo onde mortíferas rajadas de metralhadora disparada pelos caças os mataram aos magotes. No fim da jornada contaram-se 1.654 mortos e 889 feridos, numa população não superior a 7 mil habitantes. Quase 40% haviam sido mortos ou atingidos. A repercussão negativa foi tão grande que os nacionalistas espanhóis trataram logo de atribuí-la aos "vermelhos".
Hitler apóia Franco
Na realidade a tragédia começou oito meses antes, na noite de 25 de julho de 1936, quando, entre um acorde e outro de uma ópera wagneriana, Hitler decidiu-se a apoiar Franco. Na semana anterior o general espanhol havia sublevado o exército contra o governo republicano-esquerdista da Frente Popular. O Führer estava em Bayreuth para prestigiar o tradicional festival musical quando recebeu uma carta do caudilho. A solicitação era modesta. Tratava-se de saber se o governo nazista contribuiria com uma dezena de aviões de transporte e algumas armas. Hitler não hesitou. A vitória comunista na Espanha provocaria, por estímulo, a "bolchevização" da França, e seu regime ver-se-ia sitiado por ela e pela URSS de Stalin.
A Legião Condor
Avião alemão da Legião Condor
Em pouco mais de três meses depois chegava à Sevilha, a Legião Condor. Comandada pelo General Sperrle, ela compunha-se de 4 esquadrões de bombardeios e outros 4 de combate, além de unidades antiaéreas, antitanques e de panzers, num total de 6.500 homens. O acordo com os nacionalistas espanhóis concebia uma grande autonomia das forças nazistas que subordinavam-se apenas ao Jefe del Alzamiento, isto é ao próprio Franco. Madri, ainda em mãos dos republicanos esquerdistas, estava, desde o princípio do levante de 18 de julho, submetida a bombardeios aéreos irregulares. Os estrategistas da Luftwaffe de Goering, recém chegados à área do conflito, estavam excitados em aplicar, de forma maciça, uma tática da terra arrasada. Qual seria o efeito dos bombardeios concentrado? Levas de esquadrilhas conduziriam tipos de bombas diferentes - das de fragmentação às incendiarias -, que seriam lançadas em formações compactas, ininterruptamente, sobre um alvo qualquer a ser designado.
A escolha de Guernica
Sobrevivente dos bombardeios (foto de Robert Capa)
A escolha da pequena Guernica deveu-se a vários motivos. A cidade era um alvo fácil, sem proteção antiaérea, além de não ter uma população numerosa. Além disso abrigava um velho carvalho (Guernikako arbola) embaixo do qual os monarcas espanhóis ou seus legados, desde os tempos medievais, juravam respeitar as leis e costumes dos bascos, bem como as decisões da batzarraks (o conselho basco). Como o levante de Franco foi também contra a autonomia regional, a destruição de Guernica serviria como uma lição a todos os que imaginavam uma Espanha federalista ou descentralizada. Assim, quando a notícia da dizimação provocada pelo bombardeamento "científico" chegou aos jornais provocou um frêmito de horror em todos os cantos do mundo. Quase todos os habitantes de cidades, em qualquer lugar do planeta, sentiram instintivamente que estavam sendo apresentados a um outro tipo de guerra, à guerra total, e que, doravante, por vezes, seria mais seguro estar-se numa trincheira no fronte, do que vivendo numa grande capital.
A Guernica de Picasso
Estéticamente quem melhor captou esse sentimento foi Pablo Picasso. Vivendo em Paris desde o início do século, já era uma celebridade quando o Governo da Frente Popular o procurou para que fizesse algumas telas para arrecadar fundos para a República. A violência e a indignação que causou o bombardeio fez com que ele se concentrasse por 5 meses numa grande tela, quase um mural (350,5 x 782,3). Sua primeira aparição deu-se numa Exposição Internacional sobre a Vida Moderna em Paris, no dia 4 de junho de 1937. O público virou-lhe as costas.
Não era algo belo de ser visto. Picasso, para retratar o clima sombrio que envolvia o desastre, utilizou-se da cor negra, do cinza e do branco. Como nunca a máxima de Giulio Argan segundo a qual a "arte não é efusão lírica, é problema" tenha sido tão explicitada, como na composição de Picasso. O painel encontra-se dominado no alto pela luz de um olho-lâmpada - símbolo da mortífera tecnologia - seguida de duas figuras de animais. No centro um cavalo apavorado, em disparada, representa as forças irracionais da destruição. A direita dele, impassível, um perfil picassiano de um touro imóvel. Talvez seja símbolo da Espanha em guerra civil, impotente perante a destruição que a envolvia. Logo a baixo do touro, encontramos uma mãe com o filho morto no colo. Ela clama aos céus por uma intervenção. Trata-se da moderna pietá de Picasso. Uma figura masculina, geometricamente esquartejada, domina as partes inferiores. A direita, uma mulher, com seios expostos e grávida, voltada para a luz, implora pela vida, enquanto outra, incinerada, ergue inutilmente os braços para o vazio, enquanto uma casa arde em chamas. Naquele caos a tecnologia aparece esmagando a vida.
Uma obra-prima do século XX
Foi uma das grandes premonições histórico-estéticas do século. Dois anos depois teria o início o martírio das populações de Varsóvia, de Londres, de Berlim, de Hamburgo, de Leningrado, de Dresden, de Hiroxima e de Nagasaki, que padeceriam, devido aos bombardeamentos em massa, dos mesmos tormentos das imagens dilaceradas do quadro de Picasso. Exatamente por não ter nenhum signo específico de agressão, nenhuma suástica ou distintivo franquista ou falangista, a composição transcendeu os acontecimentos da infausta Guerra Civil espanhola, tornando-se um manifesto estético dos horrores provocados por uma tecnologia a serviço da desumanização. Picasso pintou a obra-prima do século, onde se misturam as contradições da nossa época: progresso e violência, catástrofe e prosperidade.
O separatismo basco
Por concentrarem significativos investimentos ingleses e também por abrigarem um classe empresarial empreendora e profundamente católica (um censo de 1970 apontavam o País Basco e Navarra, em toda a Espanha, como os maiores índices de freqüência às missas: 71,3%), os países bascos não conheceram à época do franquismo uma repressão tão violenta como a que se abateu sobre a Catalunha e Valência. Logo depois a Guerra Civil, casas bancárias de Bilbao e de Biscaia expandiram-se para o restante da Espanha, enquanto empresas bascas dedicadas ao comercio de azeite passaram quase a monopoliza-lo em todo o país. Porém essa relativa tolerância (exceção feita ao idioma basco, o euskara, perseguido sem descanso pelos franquistas) para com os antigos anseios autonomistas dos bascos, não fez com que eles desistissem de manter um governo basco no exílio, na vizinha França mais propriamente.
Em 1957, um significativo grupo de estudantes bascos, militantes do PNV (Partido Nacional Vasco), que viajaram para lá, a titulo de estudos, depois de entrevistarem-se com José Maria Leizaola, chefe do governo Euzkadi (Basco) no exílio, com quem se desentenderam, decidiram-se pela opção armada. Ao contrário de Leizaola, que não simpatizava com a linha da ação violenta, os jovens bascos acreditavam que com o apoio do proletariado, da nova geração que formava no estertor do franquismo, e num clero cada vez mais combativo era possível retomar as bandeiras do separatismo, dando-lhe uma conotação pró-socialista.
Um comunicado do ETA (foto de 1982)
Surgimento do ETA
Bartolomé Bennassar, ao analisar o caso basco ("Pais basco: génesis de una tragedia, in Historia de los españoles. Vol II, Cap. 12, 1989), identifica no desentendimento entre PNV e o ETA, um típico caso de conflito de gerações, onde os mais jovens rebelam-se contra o imobismo dos mais velhos, no caso, os integrantes do PVN (em sua grande maioria ex-veteranos da Guerra Civil de 1936-1939). Como não poderia deixar de acontecer, a nova geração estimulada pelos feitos revolucionários que então corriam o mundo (a Revolução Cubana ocorrera em janeiro de 1959), decidiu-se fundar, no dia 31 de julho de 1959, uma nova agremiação identificada com a luta armada revolucionária: o ETA (Euzkadi Ta Azkatasuna = Pátria basca e liberdade).
Para arrancar o movimento autonomista do imobilismo em que e encontrava, decidiram-se por ações espetaculares contra o regime franquista. Além de ampla panfletagem e distribuição de jornais clandestinos, no dia 18 de julho de 1961 praticaram um atentado a bomba contra um trem carregado de veteranos franquistas em San Sebastian, dando início a fase mais violente da luta. Portanto, há quarenta anos que os atentados fazem parte do cotidiano dos espanhóis. O mais espetacular deles todos foi quando o ETA, ainda na época franquista, explodiu uma poderosa bomba no carro do Primeiro Ministro Almirante Carreiro Blanco, em Madri.
As divisões do separatismo basco
Data Designação Objetivos
1894 PNV (Partido Nacional Vasco) Lutar pela autonomia do país basco. Depois da derrota na Guerra Civil de 1936, formação do Governo Euzkadi no exílio (1939-1975)
1959 ETA (Euzkadi Ta Azkatasuna = Pátria basca e liberdade) Recuperar, via armada, a autonomia e a independência dos bascos, perdida na Guerra Civil de 1936-1939.
1966 Divisão do ETA: ETA-V (nacionalistas) e ETA-VI (marxistas-leninistas) Uma facção luta apenas para recupera a autonomia basca, aceitando um caminho pacífico no futuro. A outra, propõe-se a uma luta revolucionária pela independência, tendo o terrorismo como recurso permanente.
1975 Fim do franquismo. Anistia e perdão aos integrantes do ETA que abandonassem o terrorismo. Nova divisão no ETA, entre a ala militar (ETA-M) e a civil. HB (Herri Batasuna = unidade do povo), braço civil do ETA, EE (Euzkadiko Ezkerra = esquerda basca) A ETA-M pretende-se integrada no movimento revolucionário internacional aproximando-se do IRA (católicos irlandeses), das Brigadas Vermelha italianas e demais grupos terroristas.
Gravuras: Bartolomé Bennassar - Historia de los españoles, vol II, Grijalbo, Barcelona
São Paulo às nove e meia
Nove e meia da manhã
bem na encruzilhada
debaixo dum viaduto no Bixiga
malas, sacos, colchonete, papelão!
A casa de um homem
estendida no chão.
Foi depois do pão na chapa nosso de cada dia
molhado no café com leite
serviu-nos a política de limpeza urbana de São Paulo.
Populares passavam: uns observavam, outros ignoravam
Fizeram em nome do cidadão
o papelão
que usava para separá-lo do chão
teve de carregar mais colchonete, sacos, malas.
Agentes policiais, agentes da companhia de águas, agentes da limpeza urbana:
a ordem em ação
Eles cumpririam sua missão.
Pão e chão se defendem na mão
Como qualquer brasileiro
De manhã um café e um não
Como aquele brasileiro que trabalha e estuda ou passeia e dorme no chão
Como aqueles brasileiros todos: o motorista, o da mangueira, o de macacão azul e colete laranja, os de uniforme cinza, o morador de rua e outros também…
Não havia oficial de Justiça
mas arma na cinta, teve.
Eles cumpriram sua missão
o pobre homem atravessou a rua
na contramão
deu meia volta volver
viu, voltou e fixou-se quase no mesmo local.
Não chovia, mas os agentes cumpriram sua missão…
Em tempos de enchentes as águas nos tomam as casas
por Daniel Iliescu e Alexandre Cherno
bem na encruzilhada
debaixo dum viaduto no Bixiga
malas, sacos, colchonete, papelão!
A casa de um homem
estendida no chão.
Foi depois do pão na chapa nosso de cada dia
molhado no café com leite
serviu-nos a política de limpeza urbana de São Paulo.
Populares passavam: uns observavam, outros ignoravam
Fizeram em nome do cidadão
o papelão
que usava para separá-lo do chão
teve de carregar mais colchonete, sacos, malas.
Agentes policiais, agentes da companhia de águas, agentes da limpeza urbana:
a ordem em ação
Eles cumpririam sua missão.
Pão e chão se defendem na mão
Como qualquer brasileiro
De manhã um café e um não
Como aquele brasileiro que trabalha e estuda ou passeia e dorme no chão
Como aqueles brasileiros todos: o motorista, o da mangueira, o de macacão azul e colete laranja, os de uniforme cinza, o morador de rua e outros também…
Não havia oficial de Justiça
mas arma na cinta, teve.
Eles cumpriram sua missão
o pobre homem atravessou a rua
na contramão
deu meia volta volver
viu, voltou e fixou-se quase no mesmo local.
Não chovia, mas os agentes cumpriram sua missão…
Em tempos de enchentes as águas nos tomam as casas
por Daniel Iliescu e Alexandre Cherno
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Domingo levantou poeira
Domingo levantou poeira
O último dia de janeiro de 2010 foi um domingo perfeito.
Acordar no Rio de Janeiro no calor de 35⁰C pede ducha gelada e praia.
Sinal dos tempos, depois de falar com minha companheira em Berlim, chamei pelo Skype dois grandes amigos, os irmãos Calé. Já é, Posto 10!
Sol forte, céu azul, mar lindo, boa companhia: tudo para desfrutar as fantásticas possibilidades de um domingo.
O mar lava, refresca, descarrega. Qualquer carioca morando longe do Rio dá outro valor para o mar. E a beleza da orla do Rio é incrível, exuberante.
Após a praia um bom almoço (Fettuccini com tiras de filé ao molho gorgonzola é ou não é um bom almoço?), outro banho gelado e…
…domingo, eu vou ao Maracanã
vou torcer pro time que sou fã
vou levar foguetes e bandeiras
não vai ser de brincadeira ele vai ser campeão
não quero cadeira numerada
eu vou lá pra arquibancada pra sentir mais emoção
porque meu time bota pra ferver
e o nome dele são vocês que vão dizer, ôôô…
O encontro marcado na estátua do Bellini é com outros grandes amigos – Luiza e Bernard – os mesmos companheiros do meu último jogo no Maraca (2 a 1 sobre o Grêmio, o jogo do Hexa).
Dos 55 mil presentes ao Maior do Mundo arrisco um palpite sem tirar nem por: 40 mil rubro-negros e 15 mil tricolores. O clássico prometia. Os times são apontados como os dois principais candidatos ao título carioca deste ano. Uma curiosidade apimenta o clássico: Considerados os retrospectos nos últimos vinte jogos dos vinte clubes que disputarão a série A do Brasileirão 2010, Fla e Flu tinham o melhor aproveitamento: 81%, com 15v, 4e, 1d.
O Mengo tinha Léo Moura suspenso e Williams voltando de contusão, este no banco de reservas e entrou no 4-4-2 escalado por Andrade com Bruno, Fierro, Álvaro, Angelim e Juan; Toró, Fernando, Kleberson e Petkovic; Vágner Love e Adriano. O Flu veio a campo no 3-5-2 armado por Cuca com Rafael, Gum, Cássio e L. Euzébio; Mariano, Everton, Diguinho, Conca e Júlio César; Alan e Maicon – tendo Fred amarelado como bom tricolor que é.
Nos primeiros cinco minutos boas tramas entre Love e Adriano davam a impressão de que o Fla iria marcar primeiro, mas depois da pressão inicial, na primeira boa chance que teve o Fluminense marcou 1x0.
O Flamengo sentiu o gol e marcava muito mal não dando combate e deixando o Flu tabelar na entrada de sua área ou lançar bolas nas costas de seus laterais. Além disso, o Fla tinha dificuldade para criar e insistia no jogo pelo meio engarrafado. Depois perder uma chance incrível embaixo das traves, o Flu fez o segundo, de pênalti: 2x0.
Quando parecia que o jogo ficaria feio para o time de Andrade, boa jogada pela esquerda, infiltração de Juan e Pênalti para o Flamengo: Adriano descontou vazando o Tricolor pela primeira vez no ano: 2x1.
Logo depois, porém, esfriando a reação do Mengo, o Flu aproveitou a bobeira da zaga rival e fez o terceiro: 3x1 para susto dos flamenguistas e fim do primeiro tempo. A Raça Rubra Negra dava o tom para seus jogadores: “Queremos raça! Queremos raça!”
Foi aí que Andrade começou a mostrar porque a torcida o chama de “sinistro”. O Flamengo voltou com Williams no lugar de Fernando e o prata da casa Vinícius Pacheco no lugar de Pet, que estava lento e já tinha perdido algumas bolas na frente.
No início do segundo tempo a postura do Flamengo foi completamente diferente. Marcação em cima, volantes mordendo e ataques rápidos com Vinícius abrindo pela esquerda e Williams pela direita.
Com fôlego renovado e atrás no placar o Mengão foi pra dentro. Vinícius Pacheco acertou a trave em chute cruzado de fora da área.
Não demorou quinze minutos para o Mengão empatar para delírio da Maior do Brasil. Vágner Love fez o segundo pegando sobre na pequena área e Kleberson marcou o gol de empate em bela jogada e pela direita.
Tudo igual e um novo cenário para a última meia hora de partida. E novamente o imponderável acontece: Álvaro, xerife da zaga flamenguista recebe o segundo cartão amarelo e é expulso deixando o Fla com um homem a menos.
Aí Andrade acertou de novo: ao invés de tirar uma peça do meio de campo, Andrade sacou Fierro, que não vinha bem, para a entrada do zagueiro David, deixando Williams, o maior ladrão de bolas do último Brasileirão e possuidor de quatro pulmões, incumbido de marcar o corredor direito.
Já Cuca cometeu grave erro: na ânsia de aproveitar a vantagem numérica sacou seu líbero Cássio e lançou o atacante Kieza. No ataque seguinte à substituição roubada de bola de Williams e boa trama entre Vágner Love e Vinícius Pacheco acha o Imperador dentro da área, livre de marcação. Adriano não perdoou e virou para o Mengo: 4x3 e êxtase no Maraca.
O Flu ainda teve algumas chances, o jogo era bom, corrido e cheio de emoções. Em novo contra-ataque do Fla Williams fez ótimo lançamento e a bola chegou limpa para Adriano carregar desde a intermediária e tocar na saída de Rafael, metendo o quinto e fechando o caixão tricolor.
A alegria à esquerda das cabines de rádio era esfuziante, digna do clima de carnaval que já toma conta da cidade. Muitas músicas enaltecendo a raça do Flamengo e hostilizando o Fluminense, tido como principal candidato a vice deste ano.
A tradicional cervejinha gelada no entorno da Praça Varnhagen rolou recheada de brindes e bom humor. Por pouco tempo, no entanto. Após uma hora de comemoração, pit stop na casa de minha irmã, o terceiro banho gelado do dia e rumo à rodoviária.
Destino: São Paulo. Lá outro ônibus aguarda às 10h da manhã. Novo destino: Atibaia.
Um domingo simples e inesquecível, fundamental para a alegria na vida e para renovar energias e a disposição necessárias pra trabalhar nas nossas lutas pela UJS!
O último dia de janeiro de 2010 foi um domingo perfeito.
Acordar no Rio de Janeiro no calor de 35⁰C pede ducha gelada e praia.
Sinal dos tempos, depois de falar com minha companheira em Berlim, chamei pelo Skype dois grandes amigos, os irmãos Calé. Já é, Posto 10!
Sol forte, céu azul, mar lindo, boa companhia: tudo para desfrutar as fantásticas possibilidades de um domingo.
O mar lava, refresca, descarrega. Qualquer carioca morando longe do Rio dá outro valor para o mar. E a beleza da orla do Rio é incrível, exuberante.
Após a praia um bom almoço (Fettuccini com tiras de filé ao molho gorgonzola é ou não é um bom almoço?), outro banho gelado e…
…domingo, eu vou ao Maracanã
vou torcer pro time que sou fã
vou levar foguetes e bandeiras
não vai ser de brincadeira ele vai ser campeão
não quero cadeira numerada
eu vou lá pra arquibancada pra sentir mais emoção
porque meu time bota pra ferver
e o nome dele são vocês que vão dizer, ôôô…
O encontro marcado na estátua do Bellini é com outros grandes amigos – Luiza e Bernard – os mesmos companheiros do meu último jogo no Maraca (2 a 1 sobre o Grêmio, o jogo do Hexa).
Dos 55 mil presentes ao Maior do Mundo arrisco um palpite sem tirar nem por: 40 mil rubro-negros e 15 mil tricolores. O clássico prometia. Os times são apontados como os dois principais candidatos ao título carioca deste ano. Uma curiosidade apimenta o clássico: Considerados os retrospectos nos últimos vinte jogos dos vinte clubes que disputarão a série A do Brasileirão 2010, Fla e Flu tinham o melhor aproveitamento: 81%, com 15v, 4e, 1d.
O Mengo tinha Léo Moura suspenso e Williams voltando de contusão, este no banco de reservas e entrou no 4-4-2 escalado por Andrade com Bruno, Fierro, Álvaro, Angelim e Juan; Toró, Fernando, Kleberson e Petkovic; Vágner Love e Adriano. O Flu veio a campo no 3-5-2 armado por Cuca com Rafael, Gum, Cássio e L. Euzébio; Mariano, Everton, Diguinho, Conca e Júlio César; Alan e Maicon – tendo Fred amarelado como bom tricolor que é.
Nos primeiros cinco minutos boas tramas entre Love e Adriano davam a impressão de que o Fla iria marcar primeiro, mas depois da pressão inicial, na primeira boa chance que teve o Fluminense marcou 1x0.
O Flamengo sentiu o gol e marcava muito mal não dando combate e deixando o Flu tabelar na entrada de sua área ou lançar bolas nas costas de seus laterais. Além disso, o Fla tinha dificuldade para criar e insistia no jogo pelo meio engarrafado. Depois perder uma chance incrível embaixo das traves, o Flu fez o segundo, de pênalti: 2x0.
Quando parecia que o jogo ficaria feio para o time de Andrade, boa jogada pela esquerda, infiltração de Juan e Pênalti para o Flamengo: Adriano descontou vazando o Tricolor pela primeira vez no ano: 2x1.
Logo depois, porém, esfriando a reação do Mengo, o Flu aproveitou a bobeira da zaga rival e fez o terceiro: 3x1 para susto dos flamenguistas e fim do primeiro tempo. A Raça Rubra Negra dava o tom para seus jogadores: “Queremos raça! Queremos raça!”
Foi aí que Andrade começou a mostrar porque a torcida o chama de “sinistro”. O Flamengo voltou com Williams no lugar de Fernando e o prata da casa Vinícius Pacheco no lugar de Pet, que estava lento e já tinha perdido algumas bolas na frente.
No início do segundo tempo a postura do Flamengo foi completamente diferente. Marcação em cima, volantes mordendo e ataques rápidos com Vinícius abrindo pela esquerda e Williams pela direita.
Com fôlego renovado e atrás no placar o Mengão foi pra dentro. Vinícius Pacheco acertou a trave em chute cruzado de fora da área.
Não demorou quinze minutos para o Mengão empatar para delírio da Maior do Brasil. Vágner Love fez o segundo pegando sobre na pequena área e Kleberson marcou o gol de empate em bela jogada e pela direita.
Tudo igual e um novo cenário para a última meia hora de partida. E novamente o imponderável acontece: Álvaro, xerife da zaga flamenguista recebe o segundo cartão amarelo e é expulso deixando o Fla com um homem a menos.
Aí Andrade acertou de novo: ao invés de tirar uma peça do meio de campo, Andrade sacou Fierro, que não vinha bem, para a entrada do zagueiro David, deixando Williams, o maior ladrão de bolas do último Brasileirão e possuidor de quatro pulmões, incumbido de marcar o corredor direito.
Já Cuca cometeu grave erro: na ânsia de aproveitar a vantagem numérica sacou seu líbero Cássio e lançou o atacante Kieza. No ataque seguinte à substituição roubada de bola de Williams e boa trama entre Vágner Love e Vinícius Pacheco acha o Imperador dentro da área, livre de marcação. Adriano não perdoou e virou para o Mengo: 4x3 e êxtase no Maraca.
O Flu ainda teve algumas chances, o jogo era bom, corrido e cheio de emoções. Em novo contra-ataque do Fla Williams fez ótimo lançamento e a bola chegou limpa para Adriano carregar desde a intermediária e tocar na saída de Rafael, metendo o quinto e fechando o caixão tricolor.
A alegria à esquerda das cabines de rádio era esfuziante, digna do clima de carnaval que já toma conta da cidade. Muitas músicas enaltecendo a raça do Flamengo e hostilizando o Fluminense, tido como principal candidato a vice deste ano.
A tradicional cervejinha gelada no entorno da Praça Varnhagen rolou recheada de brindes e bom humor. Por pouco tempo, no entanto. Após uma hora de comemoração, pit stop na casa de minha irmã, o terceiro banho gelado do dia e rumo à rodoviária.
Destino: São Paulo. Lá outro ônibus aguarda às 10h da manhã. Novo destino: Atibaia.
Um domingo simples e inesquecível, fundamental para a alegria na vida e para renovar energias e a disposição necessárias pra trabalhar nas nossas lutas pela UJS!
domingo, 17 de janeiro de 2010
Golaços de 82
Pra quem gosta de futebol:
11 belos gols da seleção de 82
Zico, Sócrates, Falcão, Júnior, Éder, Leandro, Serginho, Telê Santana... Que timaço!
http://www.youtube.com/watch?v=zZxvYy5-ekI
11 belos gols da seleção de 82
Zico, Sócrates, Falcão, Júnior, Éder, Leandro, Serginho, Telê Santana... Que timaço!
http://www.youtube.com/watch?v=zZxvYy5-ekI
Flamengo 3x2 Duque de Caxias
Flamengo inicia como encerrou 2010 2009: Vencendo!
E de virada! Kleberson, Fierro e Fernando marcaram nos 3x2 sobre o Duque de Caxias, no Maracanã.
http://www.lance.com.br/flamengo/noticias/10-01-17/684430.stm?no-peito-e-na-raca-mengao-vira-no-maracana
E de virada! Kleberson, Fierro e Fernando marcaram nos 3x2 sobre o Duque de Caxias, no Maracanã.
http://www.lance.com.br/flamengo/noticias/10-01-17/684430.stm?no-peito-e-na-raca-mengao-vira-no-maracana
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